Especialistas são unânimes ao afirmar que nada é mais valioso numa educação do que o exemplo dado pelos pais. Como nem sempre pais avaliam suas próprias atitudes antes de orientar os filhos, cria-se uma contradição pouco construtiva nessa relação. O psicanalista Ignacio Gerber dá um exemplo: "Dizemos que pai nenhum deve entrar numa loja de brinquedos e deixar os filhos comprarem o que quiserem. Mas e se esses pais forem indulgentes consigo mesmos, enchendo a garagem de carros e a casa de acessórios? Como impor ao filho um padrão diferente?".
Ou seja: quando os próprios pais se presenteiam constantemente com "brinquedos", fica difícil mesmo convencer os filhos a não fazerem o mesmo. E, caso os pais não percebam essa contradição, não há dúvida de que os filhos perceberão e se ressentirão disso.
A máxima de Gandhi "seja para o mundo o que gostaria que o mundo fosse" pode ser muito bem aplicada na criação dos filhos. Quer crianças menos consumistas? Consuma menos e expresse que existe satisfação e felicidade em outras conquistas, que não envolvam dinheiro e lojas. Quer que seu filho brinque mais lá fora? Não tenha receio de arrancar os sapatos e pisar na grama molhada.
E nem é preciso dizer que filhos de leitores assíduos tendem a ler mais. Uma pesquisa realizada no ano passado pelo governo americano mostrou que 74% dos jovens que estudam em boas universidades liam com seus pais quando eram pequenos
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